Sobre

Autodidata, sempre adorei trabalhar com a madeira.

Após 25 anos na gastronomia, decidi mudar a minha paixão e reorientar-me para o trabalho com a madeira.

Recupero madeira, morta, queimada, arrancada, ou outras que me são dadas, mas também paletes; com o intuito de lhes dar uma nova existência. Tendo vivido os últimos 16 anos no sul de Portugal, trabalho principalmente com espécies como a oliveira, a amendoeira, a alfarrobeira, ou mesmo a amoreira (madeira muito rara). Muitos dos troncos sofreram alterações através do tempo, pelos incêndios ou ataques de insectos que furam a madeira. Tudo isso lhes dá uma aparência única que eu trabalho, também com o recurso à resina epóxi, destacando sempre as características mais belas da madeira.

Todas as minhas criações são meticulosamente lixadas e depois polidas, daí o resultado final ser um aspecto e toque único.

Para o acabamento não uso verniz, apenas óleos naturais e ceras.

Antes de abrir cada tronco, examino-o em todas as suas formas, para que este me dê o seu melhor perfil e aproveito as suas variadas características, tais como o veio da madeira.

Trabalho muito por instinto, seja qual for a criação, tudo pode mudar dependendo da madeira, é esta quem me guia.

Sou muito tátil, para mim o toque é primordial e cada criação deve ter sensualidade.

Cada uma das minhas criações tem uma função reversível, uma tábua de cortar que pode ser transformada em tábua de queijo, ou um objeto de decoração. 

Damien Scelles